sábado, 3 de março de 2012

LITERATURA DE CORDEL

O ACORDO ORTOGRÁFICO E AS MUDANÇAS NO PORTUGUÊS DO BRASIL

Com licença, meus amigos,
Quero falar com vocês
Sobre o que estão fazendo
Com o nosso português.
Eu não sei se é bom ou mau
Mas, Brasil e Portugal
Assinaram um tratado
Pra que em nossa ortografia,
Que é dferente hoje em dia,
Seja tudo unificado.


Moçambique, Cabo Verde,
Angola e Guiné-Bissau
Assinaram o acordo
Com Brasil e Portugal.
O Timor Leste também
Embarcou no mesmo trem
E andaram me dizendo
 Que entrou até São Tomé,
Mas este, sendo quem é,
Eu só acredito vendo.


Eu sei é que para nós,
Do português-brasileiro,
O acordo entrou em vigor
A primeiro de janeiro.
E agora não tem jeito,
Reclamando ou satisfeito,
O que é preciso fazer
É estudar a reforma
Para conhecer a forma
Que nós temos que escrever.


Eu já soube, por exemplo,
Que acabaram com o trema
E, aliás, quanto a isso,
Não vejo o menor problema.
Pois pronunciar “frequência”,
“tranquilidade”, “sequência”
e até “ambiguidade”,
A gente foi aprendendo
Ouvindo e depois dizendo
Através da oralidade
O “k”, o “y” e “w”
Entraram no alfabeto.
E quanto a isso eu achei
Que o acordo foi correto

Pois já tinha muita gente
Com nome bem diferente
No sertão do Ceará:
O Yuri e o Sidney,
Franklyn, Kelly e Helvesley,
Já usam essas letras lá.

Mais complicado é o hífen
Que ora tem, ora não.
Parece que há uma regra
Pra cada situação.
Em muitas ele caiu
Mas em algumas surgiu.
E, como a coisa complica,
Já falam em reunir
Mais gente pra discutir
Quando sai e quando fica.


Mas, parece que os problemas
Que vão incomodar mais
Vêm com a queda dos acentos
Ditos diferenciais.
Pólo, pêra, pêlo e pára
Ficam com a mesma cara
Pra sentidos diferentes.
Mas, de acordo com reforma,
“pôde”, “pôr”, “dêmos” e “forma”
São exceções existentes.


Tem muitas outras mudanças
Que ainda temos que estudar.
Permitam-me um conselho
Que agora quero lhes dar:
É bom ficar bem atentos
Para essa queda de acentos
Na escrita brasileira.
E quando for se sentar
Cuide pra ninguém tirar
O assento da cadeira.


Já chega de falar tanto
Sobre a língua portuguesa.
Vou pegar um avião
E voar pra Fortaleza.
Mas, antes desse percurso
Devo dizer que esse curso
Valeu mais que ouro em pó.
Tomara que o tratado
Seja também adotado
No país de Mossoró



OS CINCO SENTIDOS   (para Natália Guberev)

Com os meus cinco sentidos
Percebo a natureza.
Boca, olhos e ouvidos,
Pele e nariz na certeza
De captar o sabor
A beleza, o odor,
A textura, a melodia
Das coisas que a cada dia
Eu encontro em minha vida,
E da mulher tão querida,
Que me enche de alegria.


O PALADAR

Existem muitos sabores
Pra agradar o paladar:
Bebidas finas, licores,

Vinho tinto e caviar.
Mas nada tem o sabor
Dos beijos do meu amor,
Quando vem e me abraça.
Com os braços me enlaça,
Encosta seu corpo ao meu,
E eu pergunto: quem sou eu
Pra merecer essa graça?


A VISÃO

Fazendo a comparação
De onde há mais beleza.
Na água, no ar, no chão,
Em toda a natureza,
Nunca vi coisa tão bela
Como o sorriso dela,
Da minha doce amada.
Ela vem tão delicada,
E fala ao meu ouvido:
És meu príncipe querido,
Eu quero ser tua fada.

 A AUDIÇÃO

A música nos alcança
Por meio da audição.
Pelos ouvidos avança,
Pra chegar ao coração.
Mas, o som que mais me agrada
É a voz da minha amada,
Quando fala ao meu ouvido.
Cada sussurro ou gemido,
Cada agudo e cada grave
É uma nota suave
Me deixando embevecido

O TATO
O tato é que nos revela,
Na escuridão mais escura,
Do veludo e da flanela,
A maciez e a textura.
Mas não há tecido ou fio
Que possa ser mais macio
Que a pele da minha amada.
Fica comigo abraçada,
Se transforma em cobertor,
E o frio vira calor
No meio da madrugada.


O OLFATO
Num jardim com muitas flores,
É grande a diversidade
De essências e odores
De toda variedade.
Mas não existe uma flor
Com o cheiro do meu amor,
Quando vem pra minha cama.
Vem falando que me ama,
E me diz suavemente:
Tu és a centelha quente
Que acende a minha chama.


VIAJAR EM "PINGA-PINGA" Poeta Zé Bezerra - Patu-RN-

O ônibus é um transporte
Que no trânsito é referência
A maioria do povo
A ele dá preferência
Mas se é um "pinga-pinga"
É preciso paciência.

Ele para em todo canto
o seu trajeto é assim
Para na pista, no beco
Em rua, praça e jardim
Mesmo uma distância curta
Parece que não tem fim.

o lugar que passa
Desce gente, sobe gente
Há uns que conversam muito
Outros dormem facilmente
E vez por outra de leve
Escapa um ar diferente.


Aqueles que roncam muito
Tendo o corpo adormecido
Ao se mexer na cadeira
Escapa um "pum" espremido
Cuja fragrância é igual
Desodorante vencido.


Um canta e outro aboia
Um assovia, outro grita
Um bêbado fala besteira
Uma criança vomita
E um velho ressona alto
Que o canto da boca apita.

-
Se vão dez ou doze em pé
Ao passar por um buraco
O solavanco é tão grande
Que desmaia quem é fraco
Mas o pior é o bafo
Da catinga de sovaco.
-

Precisa manter a calma
Sem pra nada está ligando
Procurar se entreter
Sem ver o tempo passando
Para aguentar o ônibus
Parando de vez em quando.
-Qum não quer sofrer maçada
E por qualquer coisa xinga
Para evitar desconforto
De imprensado ou catinga
Vá direto em seu carrão
Ou viaje de avião
Mas não vá em "pinga-pinga"



Cordel e comunicação (Mundim do Vale)

A IMPORTÂNCIA DO CORDEL

Mundim do Vale

Meu caro leitor amigo

Veja um relato fiel,

Eu já rimei a viola

Que faz bem o seu papel.

Agora passo a rimar,

Na cultura popular

A importância do cordel.



No sertão antigamente

Não tinha televisão

O sertanejo vivia

Carente de informação.

O rádio lá não chegava,

E o cordel é quem levava

Notícias para o sertão.



Quando pego num folheto

Me vem a grande lembrança,

Da ligação com cordel

Desde o tempo de criança.

Só sabia soletrar.

Mas consegui decorar

Os Doze Pares de França.

O cordel tem seu valor

Por ser de fácil leitura.

Tem muita arte na capa

Feita em xilogravura.

A métrica faz a grandeza,

A rima gera beleza

Para elevar a cultura.



Foi o cordel que falou

Dos crimes de Lampião

Foi também um seguidor

Do santo Frei Damião.

Fez morada em Juazeiro,

E deu apoio ao romeiro

Do Padim Ciço Romão.



Alfabetizou o pobre

Que não tinha condição

De freqüentar a escola

Pra receber a lição.

Foi o grande mensageiro,

De Antônio Conselheiro

O profeta do sertão

O cordel já fez campanha









Em tempos de eleição.

Na seca de trinta e dois

Falou da destruição.

Fez festa em dia de feira,

Para o povo da ribeira

Pendurado num cordão.



O cordel tem união

Também com o repentista

Um exemplo do que falo

É Lucas Evangelista.

E falando em qualidade,

Eu lembro a capacidade

Da trindade irmãos Batista.



Eu fico muito feliz

Vendo o cordel resgatado,

Sabendo que hoje é feito

Com o papel resgatado.

Eu acho muito importante,

Não deixar o cordel distante

Como um valor do passado.



O cordel noticiou

Para o povo nordestino,

O suicídio de Vargas

E a prisão de Antônio Silvino.

Deu notícia da chacina,

No Largo da Catarina

Quando morreu Virgulino.



Falou daquela promessa

Do carregador da cruz,

Escreveu nas suas páginas

Que logo chegava a luz.

Rimou com muito talento,

A história do jumento

E o menino Jesus.



Se o leitor duvidar

Não acreditando em mim,

Saiba que o cordel já foi

Leitura até de jardim.

No nordeste brasileiro,

O cordel foi o primeiro

A falar do meu Padim.



Hoje em dia essa cultura

Foge um pouco do normal,

Pois os novos cordelistas

Procuram tema atual.

Falam da gíria da rua,

De mulher andando nua

E de briga de casal.



Tem aí a jovem guarda

Que ainda tá resistindo,

Mas de vez em quando eu vejo

Alguns deles desistindo.

Mas como tem resistente,

Como o vate Zé Vicente

O folheto vai fluindo.



A Cícero Modesto Gomes

O cordel me apresentou,

Poeta do Maranhão

Que no Ceará ficou.

Já rimou o Ceará,

De Sobral a Quixadá,

Pacajus e Quixelou.



Numa banca eu conheci

Edson Neto e Elizeu,

J. B. Num terminal

E um cordel ele me deu.

O poeta Zé Maria,

Conheci em cantoria

Divulgando um mote meu.



Outro poeta famoso

Criado aqui no sertão,

É o bom Arievaldo

Que do Klevison é irmão.

Avançou como um corcel,

Quando implantou o cordel

No setor da educação.



O doutor Sávio Pinheiro

Bom poeta e gente fina,

Já rimou o pé da serra

E a bodega da esquina.

Agora com mais virtude,

Botou cordel na saúde

Para o bem da medicina.



No Rio Grande do Norte

Onde a rima é atração,

Tem o local do poeta

Fazer a divulgação.

Já usei aquele espaço,

E daqui mando um abraço

Pra Mairton e Anizão.



Mas foi lá na Paraíba

Que o cordel chegou primeiro,

Era a grande novidade

Chegada do estrangeiro.

Posso dizer sem engano,

No sertão paraibano

O cordel foi pioneiro.



Quem também foi cordelista

Foi o bom Rogaciano

Foi repórter em Fortaleza

Mas era pernambucano.

Fez muita falta a cultura,

Com a morte prematura

Foi rimar no outro plano.



No Ceará o melhor

Com ele tomei café,

Aguarde só um instante

Que digo já já quem é.

Cantou lá e cantou cá

O Pássaro do Ceará

Patativa do Assaré.



Chegando agora ao final

Já faltando inspiração,

Peço desculpa aos colegas

Se houve alguma omissão.

Fiz esse verso bebendo,

Todo tempo defendendo

O cordel como atração.



Mandei mensagem bregeira

Unida com a poesia,

Negando ter intenção

De fazer apologia.

Inseri no Blogspot

Mundo Cordel avalia.





Fábula em Cordel - A MORTE E O LENHADOR

Marcos Mairton- (adaptado da fábula de La Fontaine)


Foi o francês La Fontaine

Quem, certa vez, me contou

A história de um homem

Que pela morte chamou,

Mas depois se arrependeu,

Quando ela apareceu

E perto dele chegou.



Era um velho lenhador

Que andava muito cansado

Do fardo que, até então,

Ele havia carregado.

Um fardo que parecia

Sempre e sempre, a cada dia,

Mais incômodo e pesado.





Estava velho e doente,

Sentia o corpo doído.

Maltratado pelo tempo,

Seu semblante era sofrido.

Seguia, assim, seu caminho,

Atormentado e sozinho,

Sempre sujo e mal vestido.





Certa vez, ao fim do dia,

Quando ia pela estrada,

Para a choupana que então

Lhe servia de morada,

Foi obrigado a parar

Um pouco pra descansar

Da extensa caminhada.





Trazia um feixe de lenha

Que foi buscar na floresta.

Largou a lenha no chão,

Passou a mão pela testa,

Maldizendo-se da sorte,

Pensou: – É melhor a morte,

Que uma vida que não presta.



– Não consigo carregar

Essa lenha tão pesada.

Já não tenho mais saúde,

Meu ganho não dá pra nada,

Perseguido por credores,

Meu corpo cheio de dores,

Ai que vida desgraçada!

– Ó, Morte, onde é que andas,

Que não ouve o meu lamento?

Que não vem pra me tirar

Desse brejo lamacento?

Dona Morte, eu te rogo,

Venha acabar, venha logo,

Com meu grande sofrimento!





Aí, ela apareceu,

Com sua foice na mão.

Aproximou-se do velho

E disse logo: – Pois não.

Estavas a me chamar?

Em que posso te ajudar,

Querido filho de Adão?





O velho sentiu um frio

Lhe correr pelo espinhaço,

Quando a voz rouca da morte

Ecoou naquele espaço.

E pensou, na mesma hora:

“O que é que eu faço agora?

E agora o que é que eu faço?”



Então disse: – Essa honra,

Não acredito que eu tenha,

Que atendendo meu chamado

A senhora aqui me venha.

Mas, se posso pedir tanto,

Me ajude, por enquanto,

A carregar essa lenha!


A morte saiu dali

Um tanto desapontada,

E o velho foi embora

Cantarolando na estrada,

Porque, “mesmo padecendo,

Melhor é seguir vivendo

Que morrer sem sofrer nada”.



É essa a moral da história

Que La Fontaine nos deu,

Nessa fábula que ele,

Entre muitas, escreveu.

Eu, apenas transformei

Em cordel e dediquei

A você, que agora leu.



História da Rainha Esther

Autor: Arievaldo Viana

Supremo Ser Incriado

Santo Deus Onipotente

Manda teus raios de luz

Ilumina a minha mente

Para transformar em versos

Uma história comovente

Falo da vida de Ester

Que na Bíblia está descrita

Era uma judia virtuosa

E extremamente bonita

Por obra e graça divina

Teve venturosa dita

Foi durante o cativeiro

Do grande povo Judeu

Um rei chamado Assuero

Naqueles tempos viveu

E com o nome de Xerxes

Na História apareceu.

O rei Assuero tinha

Pelo costume pagão

Um harém com muitas musas

As mais belas da nação

Mas era a rainha Vasti

Dona do seu coração.

Porém a rainha Vasti

Caiu no seu desagrado

Pois embora fosse bela

Não cumpriu um seu mandado

Vasti, durante um banquete

Não quis ficar a seu lado.

Com isto o Rei Assuero

Bastante se enfureceu

Mandou buscar outras moças

E por fim ele escolheu

Esther, a bela judia

Sobrinha de Mardoqueu.

Porque os seus conselheiros

Consideraram uma ofensa

A bela rainha Vasti

Não vir a sua presença

Perdeu a rainha o posto

Foi esta a dura sentença

Ester era flor mais bela

Filha do povo judeu

Porém perdeu os seus pais

Logo depois que nasceu

Foi viver na companhia

De seu tio Mardoqueu.

Dentre as mulheres mais belas

Ester foi a escolhida

Pra ser a nova Rainha

Pelo rei foi preferida

Mardoqueu disse à sobrinha:

- Não revele a sua vida!

- Pois nosso povo é cativo

E vive na opressão

Talvez o rei não a queira

Vendo a sua condição

É melhor guardar segredo

Sobre seu povo e nação.

Não pretendo alongar-me,

Porém vos digo o que sei:

Mardoqueu era versado

Na ciência e na Lei

Trabalhava no palácio

Era empregado do rei.

Mardoqueu um dia soube

Que dois guardas do portão

Tramavam secretamente

Perversa conspiração

Eram Bagatã e Tares

Homens de mau coração.

Tramavam matar o rei

E Mardoqueu descobriu

A conversa dos dois homens

Ele sem querer ouviu

Foi avisar a Ester

E ela ao rei preveniu.

Assuero indignado

Com esta conspiração

Mandou ligeiro prender

Os dois guardas do portão

Eles descobriram tudo

Quando os pôs em confissão

Os dois guardas receberam

Um castigo exemplar

Provada a sua traição

O rei os manda enforcar

Depois mandou os escribas

Em seus anais registrar.

Mardoqueu perante o rei

Subiu muito de conceito

Deu-lhe o rei um alto posto

Por ser honrado e direito

Por isso era invejado

Por Aman, um mau sujeito.

Este Aman de quem vos falo

Era o Primeiro Ministro

Um dos homens mais perversos

De quem se teve registro

Tramava contra os judeus

Um plano mau e sinistro.

Por força de um decreto

Queria que o povo inteiro

Se ajoelhasse a seus pés

Sendo ele um embusteiro

Queria ser adorado

Igual ao Deus Verdadeiro.

Isso era um grande martírio

Para a raça dos judeus

Porque só dobram os joelhos

Em adoração a Deus

Fato que desperta a ira

Dos pagãos e dos ateus.

O Ministro indignou-se

Com todo o povo judeu

Porque não obedeciam

Aquele decreto seu

Pensava em aniquilar

A raça de Mardoqueu.

Mandou baixar um Edito

Marcando a hora e o dia

Para o povo ajoelhar-se

Porém Aman não sabia

Que a bela rainha Ester

Era uma princesa judia.







Mardoqueu leu o decreto

Gelou de medo e pavor

Comunicou a Ester

Que Aman, em seu furor

Queria exterminar

A raça do Redentor.

- Querida Ester, disse ele

Venho triste lhe contar

Que o Primeiro Ministro

Jura por Marduk e Isthar

Que o nosso povo judeu

Decidiu eliminar.

- Esse Decreto já foi

Pelo rei sancionado

Armou para nós a forca

O dia já está marcado

Matará todo judeu

Que não ver ajoelhado.

- Meu tio, responde Ester

Eu nada posso evitar

Pois quem se apresenta ao rei

Sem ele próprio chamar

Por um decreto real

Manda na hora enforcar.

Deixemos aqui Ester

Lamentando pesarosa

Vamos tratar de Aman

Criatura orgulhosa

E saber o que tramava

Esta cobra venenosa.

Disse ele a Assuero:

- Há um povo no reinado

Que tem um costume estranho

Não cumpre nenhum mandado

Que fira algum mandamento

Por seu Deus determinado.

- Constitui um mau exemplo

Para outros povos e assim

Considero que este povo

Viver conosco é ruim

Eu quero a tua licença

Porque quer dar-lhes fim.

Lavrou-se então o decreto

Do extermínio judeu

Aman pegou uma cópia

E em praça pública leu

Somente por ter inveja

Da glória de Mardoqueu. Naquela noite Assuero

Não podendo dormir mais

Mandou chamar seus escribas

Para lerem os editais

Entre estes documentos

Encontravam-se os Anais.

O leitor sabe que o rei

Foi salvo de um atentado

Por dois porteiros teria

Sido ele assassinado

Se não fosse Mardoqueu

Ter o caso desvendado.

Pergunta então Assuero

Depois que o escriba leu

Os anais onde constavam

Os feitos de Mardoqueu:

- Me diga qual foi o prêmio

Que este homem recebeu?

- Nenhum prêmio, majestade...

Responde o escriba ao rei

Então Assuero disse:

- Agora compensarei

O grande favor prestado,

Gratidão é uma lei!

No outro dia Aman

Foi ao Palácio enredar

Quando Assuero o viu

Tratou de lhe perguntar:

- Que deve ser feito ao homem

Que o rei pretende honrar?

Pensando que era pra si

Aquela grande honraria

Aman disse: - Majestade

Eis então o que eu faria

Com minhas roupas reais

Este homem eu vestiria

Depois o faria montar

Um cavalo ajaezado

Com os arreios de ouro

E o brasão do reinado

Por alguém muito importante

Ele seria puxado.

E nas ruas da cidade

O guia deve bradar

Assim o rei Assuero

Manda agora publicar:

- Este é um homem de bem Que o rei pretende honrar!

Muito bem, diz Assuero

Bonito plano, este seu

Mande selar meu cavalo

Da forma que concebeu

E nele faça montar

Nosso amigo Mardoqueu.

Aman ficou constrangido

Mas resolveu perguntar

Qual o homem, majestade

Que o cavalo irá guiar

Disse o rei: - És tu, Aman

Quem o deve anunciar.

Aman saiu se mordendo

Foi o cavalo arrear

Depois mandou Mardoqueu

Sobre o mesmo se montar

Mas intimamente dizia

Em breve irei me vingar.

E pelas ruas de Susa

Foi Mardoqueu aclamado

Vestindo as roupas reais

Num bom cavalo montado

E pelo ministro Aman

O ginete era puxado.

O leitor deve lembrar

Que Ester, a bela rainha

Já sabia do decreto

E qual a sorte mesquinha

Destinada a seu povo

Porém o medo a detinha.

Há dias que ela esperava

Uma oportunidade

Para falar com o rei

Contar-lhe toda a verdade

E, em favor de seu povo

Implorar-lhe a piedade.

Mas o tempo ia passando

Como o rei não a chamou

A dura pena de morte

Decida ela enfrentou

Foi à presença do rei

Lá chegando se curvou.

Disse o rei: - Minha querida

A lei não é para ti

Não temas, pois não pretendo

Fazer qualquer mal a si

Diga-me logo o que queres

Porque tu vieste aqui?



Disse ela: - Majestade

Viva em paz, a governar

O motivo que me trouxe

É que vim de convidar

Para um singelo banquete

Que pretendo preparar.

Este banquete eu vou dar

Na noite de amanhã

Quero apenas que convides

O nosso ministro Aman

Espero que não me faltes

Espero com grande afã.

Disse o rei: - Vá sossegada

Por certo, não faltarei

Ao banquete que darás

Como sem falta eu irei

E o Primeiro Ministro

Em breve convidarei.

Ester não disse mais nada

Tratou de se retirar

Chamou as suas criadas

Foi depressa preparar

O banquete que em breve

Ela haveria de dar.

No outro dia Aman

Pelo rei foi convidado

Porém, como ignorava

O que estava preparado

Compareceu orgulhoso

Bastante lisonjeado.

Na presença do ministro

Assuero perguntou

Diz-me agora, ó rainha

Por que razão me chamou?

Então Ester decidida

Por esta forma falou:

- Majestade eu tenho a honra

De ser a tua consorte

Porém a mão do destino

Quer turvar a minha sorte

Porque o meu próprio povo

Está condenado à morte!

Diz o rei: - Quem concebeu

Este plano tão malvado?

Por que motivo o teu povo

À morte foi condenado?

Disse ela: Foi Aman

Ele é o grande culpado! Pois este homem se julga

Acima do próprio Deus

Quer que todos se ajoelhem

E cumpram os desígnios seus

Por isso ele planeja

Exterminar os judeus.

Quando ela disse aquilo

Aman não pôde falar

Tremia ali de pavor

Sem puder se explicar

E o rei indignado

O mandou encarcerar.

No outro dia Aman

À morte foi condenado

Na forca que ele havia

Pra Mardoqueu preparado

Por um capricho da sorte

Foi nela própria enforcado.

FIM

quinta-feira, 1 de março de 2012

CULTURA REGIONAL

POVOAMENTO - A FORÇA DOS MIGRANTES


“Os migrantes trouxeram suas tradições e aqui criaram muitas outras, próprias de uma região onde impera a mistura das misturas brasileiras”
O processo de povoamento de Rondônia tem sua origem no começo do século XVIII, quando a coroa portuguesa realiza suas primeiras expedições na região do Alto Madeira e do Vale do Guaporé em busca de jazidas de ouro. Essas buscas proporcionaram o surgimento de povoações com a Vila Bela de Santíssima Trindade do Mato Grosso, no Rio Guaporé e Santo Antônio, no Rio Madeira. O declínio do Ciclo do Ouro, no inicio do século XIX provocou o abandono dos primeiros núcleos populacionais da região que seriam reinados em seguida com os Ciclos da Borracha, conhecida também como o “Ouro Negro”.

No ano de 1883, a região que hoje é Ji-Paraná já era povoada por nordestinos

que chegavam na Amazônia para trabalhar nos seringais. A construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em 1907, daria continuidade a essa fase do processo migratório com a vinda de milhares de trabalhadores estrangeiros, destacando-se principalmente os negros oriundos de Bárbaros, Trinidad, Jamaica, Santa Lúcia, Martinica, São Vicente, Guianas, Granadas e outras ilhas das Antilhas.

Todos de formação protestante e idioma inglês que foram denominados de barbadianos.

Muitos não retornaram aos países de origem constituindo família no Estado.

Povoamento e evasões

O Governo Federal realizaria anos depois a nacionalização da Madeira-Mamoré – oficial, pois, afinal a ferrovia sempre foi brasileira. Este procedimento tinha como meta impedir o êxodo urbano e rural que afetava os municípios de Porto Velho, Santo Antônio do Rio Madeira e Guajará-Mirim. O despovoamento regional era preocupante, um censo registra somente 590 habitantes na região do Alto Madeira.

As instalações das linhas telegráficas da Comissão Rondon alavanca um novo processo de ocupação migratória, com a vinda de migrantes do Mato Grosso, no período de 1920 e 1940. Durante a 2ª Guerra Mundial, no governo de Getúlio Vargas, acontece um novo incentivo a ocupação a ocupação da região em virtude da parceria firmada entre Brasil e Estados Unidos par a produção de borracha. Também nessa fase a migração nordestina foi a mais expressiva. Em 1945, o Governo Federal cria diversas colônias agrícolas com a intenção de evitar novamente o êxodo regional, esta tentativa não surte o efeito desejado. Os ciclos do Diamante e da Cassiterita, entre 1954 e 1958 e a pavimentação da BR-364 que coloca fim ao relativo isolamento do Estado, em relação às demais regiões do País, complementam o processo migratório.

Colonização espontânea
Em 60 inicia-se processo de colonização espontânea na região quando o Governo Federal considerou o Centro-Oeste do País como área prioritária para o desenvolvimento nacional. Nessa época a interferência oficial no processo de ocupação regional com a criação e implantação do Programa de Integração Nacional (PIN) pelo Decreto-Lei de nº. 1164 de abril de 1971. as terras de Rondônia passaram quase todas à jurisdição da União, que poderia distribuí-las indiscriminadamente no programa de colonização. O Incra começa então a disciplinar o assentamento desordenado dos colonos que procuravam Rondônia para se fixar através de dois projetos, o Projeto Integrado de Colonização (PIC) e o Projeto de Assentamento Dirigido (PAD). O primeiro PIC implantado foi o de Ouro Preto, na região onde se localiza Ouro Preto do Oeste, desmembrado do município de Ji-Paraná antigo distrito de Vila de Rondônia.

A partir da década de 70, o município de Porto Velho se torna recordista em crescimento populacional o que resultaria na década seguinte, numa explosão de expansão urbana com o surgimento das primeiras invasões na capital. Este movimento diferentemente do que aconteceu em anos anteriores, que era uma busca por riquezas naturais, desta vez a busca era de terras para a agricultura.

Chegavam em Rondônia mais de três mil famílias por ano. Esses migrantes, vindos principalmente do Sul do País, estavam prontos para trabalhar nos primeiros projetos de colonização do Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Os projetos eram o de Ouro Preto, Ji-Paraná, Vilhena, Sidney Girão e Burareiro. Entretanto o Incra não conseguiu efetuar o assentamento nem de um terço desses migrantes. Diretores do instituto alegavam que parte das verbas dos projetos foram transferidas para a área da Transamazônica, onde o fluxo migratório era bem maior. Foi o início dos problemas agrários na região, numa luta que levaria novamente a intervenção do Incra que mesmo assim não consegue controlar os problemas gerados pelas invasões. Esses projetos visavam o assentamento das famílias migrantes, a regularização fundiária nenhum de colonização realmente.

Começam em 74 os primeiros investimentos federais em Rondônia. É criado o Programa de Pólos Agropecuário e Agro-minerais da Amazônia ( Polamazônia que visava desenvolver quinze áreas previamente selecionada, colocando sob a administração da Sudam e da Sudeco que entrariam em operação somente no ano seguinte. O Estado recebe cerca de 8,5 milhões de dólares recursos que deveriam ser usados até 1978. no ano seguinte, o Polamazônia destina mais de 17 milhões de dólares para serem investidos nas áreas de transporte, indústria e desenvolvimento urbano.

( Texto apostila Profª Sônia Arruda)
Leia mais:

http://historiaeacai.blogspot.com/2009/08/penetracao-colonial-no-oeste-para-alem.html

http://historiaeacai.blogspot.com/2009/02/o-ouro-do-guapore.html

http://pastoralfluvial.blogspot.com/

http://alekspalitot.blogspot.com/2011_12_01_archive.html

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Marcadores: Colonização de Rondônia

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Colonização de Rondônia

Os primeiros colonizadores portugueses começam a percorrer o atual estado de Rondônia no século XVII. Somente no século seguinte, com a descoberta e a exploração de ouro em Goiás e Mato Grosso, aumenta o interesse pela região. Em 1776, a construção do Forte Príncipe da Beira, às margens do rio Guaporé, estimula a implantação dos primeiros núcleos coloniais, que só se desenvolvem no final do século XIX com o surto da exploração da borracha.
No início do século XX, a criação do estado do Acre, a construção da ferrovia Madeira-Mamoré e a ligação telegráfica estabelecida por Cândido Rondon representam novo impulso à colonização. Em 1943 é constituído o Território Federal de Guaporé, com capital em Porto Velho, mediante o desmembramento de áreas de Mato Grosso e do Amazonas. A intenção é apoiar mais diretamente a ocupação e o desenvolvimento da região, que em 1956 passa a se chamar Território de Rondônia. Até a década de 60, a economia se resume à extração de borracha e de castanha-do-pará.
O crescimento acelerado só ocorre, de fato, a partir das décadas de 60 e 70. Os incentivos fiscais e os intensos investimentos do governo federal, como os projetos de colonização dirigida, estimulam a migração, em grande parte originária do Centro-Sul. Além disso, o acesso fácil à terra boa e barata atrai empresários interessados em investir na agropecuária e na indústria madeireira. Nessa época, a descoberta de ouro e cassiterita também contribui para o aumento populacional. Entre 1960 e 1980, o número de habitantes cresce quase oito vezes, passando de 70 mil para 500 mil. Em 1981, Rondônia ganha a condição de estado.
Situado na região norte, o estado possui dois terços de sua área cobertos pela floresta Amazônica. Os pontos mais altos do território estadual são a chapada dos Parecis e a serra dos Pacaás, onde há um parque nacional. O clima predominante é o equatorial, com chuvas abundantes e temperatura média anual de 26ºC.
Seu elevado índice pluviométrico, de 1800 mm/ano, garante significativo potencial agropecuário, que faz Rondônia ter o décimo rebanho bovino brasileiro, com 5,2 milhões cabeças.

(Fonte http://www.portalbrasil.net/estados_ro.htm)
*Sugestão Vídeo: Tom da Amazônia -

'História da Ocupação'.

Caderno do Professor 4 -http://www.tomdaamazonia.org.br
Estado de Rondônia comemora 30 anos
O Estado de Rondônia completa hoje, 30 anos transformação de Território Federal para Estado de Rondônia.

O Coronel Jorge Teixeira teve uma participação atuante no processo de emancipação do Território à categoria de Estado. Durante o governo do Jorge Teixeira várias obras foram realizadas, tendo sido um período de muito trabalho, que pôde ser caracterizado como os preparativos finais para a emancipação do Território à condição de Estado.
No dia 22 de dezembro de 1981 finalmente acontecia o tão esperado dia. O Presidente da República, João Batista Figueiredo através da Lei Complementar n° 41 criava o Estado de Rondônia. No dia 4 de janeiro de 1982 era instalado o mais novo estado da União. Naquela oportunidade também era empossado o Coronel Jorge Teixeira de Oliveira como primeiro governador do Estado de Rondônia.
Na época da emancipação, o Estado de Rondônia encontrava-se administrativamente dividido em 13 municípios que se subdividiam em 22 distritos. Em 1983, o Estado já contava politicamente com 15 municípios.

(Parte texto de Aleks Palitot - Historiador -

Leia texto na íntegra http://alekspalitot.blogspot.com/2011/12/estado-de-rondonia-30-anos-de-uma.html)

Leia mais http://saimonrio.blogspot.com/2011/12/parabens-estado-de-rondonia-pelos-seus.html

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Marcadores: Criação do Estado de RO

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A História de Rondônia - criação do Estado de RO e 1º Governador

O Estado de Rondônia foi criado através da lei complementar 041, de 22 de dezembro de 1981, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo.


Seu primeiro governador foi o coronel do Exército Jorge Teixeira de Oliveira,

nomeado no dia 29 de dezembro de 1981, pelo presidente da República

João Baptista de Oliveira Figueiredo.
João Baptista de Oliveira Figueiredo

A instalação do Estado (posse do governador e secretariado) ocorreu no dia 04 de janeiro de 1982.

- No ano de sua criação o Estado de Rondônia estava constituído por 13 municípios (Porto Velho, a capital, Guajará-Mirim, Ariquemes, Jaru,Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná, Presidente Médici, Cacoal, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno, Vilhena, Colorado do Oeste e Costa Marques).

(Francisco Matias - escritor regional e pesquisador da história política de Rondônia)

Influências da cultura indígena: Índios, os primeiros habitantes de Rondônia

A cultura de Rondônia tem suas origens marcadas por uma forte influência da cultura indígena. Dentre os principais povos estão os Karitiana e os Uru-Eu-Wau-Wau, que em contato com outros agentes acabaram vendo parte de suas tradições se perderem.

O povo Karitiana compõe-se atualmente de uma população de cerca de 180 índios, vivendo a 95 quilômetros ao sul de Porto Velho ao longo de 89.698 hectares. A língua falada é o Tupi/Arikém. Os primeiros contatos com a chamada "civilização" data do final do século XVII, sendo que o isolamento foi mantido até os primeiros anos do século XX com o aparecimento de personagens históricos como os caucheiros e seringueiros na região.

A partir daí observou-se a degradação desse povo com grande parte de seus membros sendo submetidos à escravidão. Observou-se também uma "recuada" territorial ocasionada pela chegada da "civilização". Sendo assim, os Karitiana que viviam às proximidades do atual município de Ariquemes foram tendo que se retirar até as cercanias do Rio Candeias, onde permanecem até hoje.

Entre as particularidades dos Karitiana estão as pinturas corporais e faciais, mantidas através dos anos em suas tradições, assim a dança, o artesanato e as manifestações musicais. Outro traço de suas tradições é a poligamia e o casamento entre pessoas da mesma família.

Já os Uru-Eu-Wau-Wau têm língua ligada ao Tronco Tupi. São da Família Tupi-Guarani, grupo Tupi-Kawahib. Vivem no relevo central de Rondônia, entre os municípios de Guajará Mirim, Costa Marques, Nova Mamoré, Campo Novo de Rondônia, Monte Negro, Cacaulândia, Governador Jorge Teixeira, Mirante da Serra, Jaru, Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé e Seringueiras. O contato com o "homem branco" inicia-se na década de 40, iniciando-se uma briga pelas terras centrais do Estado que dirá até os dias atuais. Os principais agressores para esse povo sempre foram posseiros, madereiros e garimpeiros.

Foi só no início da década de 80 que o contato entre as duas culturas foi tratado de forma mais cuidadosa, quando um grupo da Funai, liderado pelo indigenista Apoena Meirelles, realizou os primeiros contatos amigáveis com os Uru-Eu-Wau-Wau, que naquela época contavam com uma população de cerca de 800 índios.

Os Uru-Eu-Wau-Wau também fazem pinturas corporais, nas cores preta e vermelha. As tintas são fabricadas a partir de jenipapo e urucum. Usam como vestes apenas um cinturão largo de cipó. Seus cabelos são cortados em forma de cuia. As mulheres costumam tatuar seus rostos.

Contaminados por doenças trazidas com o contato intercultural, a população Uru-Eu-Wau-Wau sofreu uma diminuição considerável. Atualmente, eles somam pouco mais de 60 índios, divididos em 4 grupos: 20 índios no Posto Indígena do Alto Jamari; 16 no Posto Indígena do Alto Jaru; 10 índios no Posto Indígena Jamari; e 16 no Posto Indígena Comandante Ari.

"Nós índios Karitiana surgimos assim: antigamente nós tínhamos Deus aqui em cima desta terra, deste solo. Antigamente não existia gente, macaco, socó, mutum, não existia lontra, não existia pica-pau, cutia, tatu, paca, anta. Os matos já existia. Deus não existia. Deus saiu de dentro de um buraco na casa da cigarra e a Mãe d'água nasceu do olho d'água, e o sapo cururu. A mãe de Deus é a terra".

(narrativa dos índios Orlando, Meirelles e Cirino Karitiana sobre a origem do povo Karitiana. In OLIVEIRA, Cleide, Levantamento de dados culturais do Povo Karitiana. 1994)
( texto - http://www.topgyn.com.br/conso01/rondonia/conso01a11.php)
*Sugestão vídeo e caderno -

http://www.tomdaamazonia.org.br/index.asp?id=povosindigenas

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Marcadores: Cultura de Rondônia

quinta-feira, 8 de abril de 2010

FESTA DO DIVINO - Tradição que veio de Portugal

“A festa acontece no Vale do Guaporé atraindo todos os anos pessoas de várias regiões, e relembra a peregrinação criada pela rainha Dona Isabel, esposa do rei português Dom Diniz, nas primeiras décadas do século XIV”.

A festa do Divino Espírito Santo, em Rondônia, é realizada apenas no Vale do Guaporé, cujos habitantes cultivam com especial cuidado a tradição de origem portuguesa. A festa do Divino mobiliza um grande contingente de cristãos e é conhecida não apenas pela beleza do espetáculo em si, mas, principalmente pelo caráter de religiosidade e fé vivenciada por seus participantes. Esta mesma festividade acontece, em janeiro, em Goiás, mas ao contrário do evento do Centro Oeste, não tem grande repercussão na mídia nacional. É mais uma injustiça contra as tradições culturais-religiosas rondonienses, pois, a Festa do Divino Espírito Santo consegue reunir centenas de fiéis nos meses de abril, maio e junho num memorável espetáculo cristão.

Segundo relato de moradores, a Festa do Divino no Vale do Guaporé vem de 1899 e teria sido introduzida na região por Manoel Ferreira Coelho, que ao mudar de Vila Bela da Santíssima Trindade (antiga capital do Mato Grosso), para Ilha da Flores (no Vale do Guaporé), levou a Coroa de Prata que simboliza o Divino, para que fosse devidamente venerada pelos fiéis, através de um sistema de rodízios, estendendo-se desde de então a todas as localidades do Vale do Guaporé a até algumas da Bolívia.
A origem
A festividade vem das primeiras décadas do século XIV, da pátria de Camões, sendo oficializada na corte portuguesa pela mulher do Rei Dom Diniz, a Rainha Dona Isabel. Naquela época havia a folia do Divino, que se constituía em um grupo de pessoas coletando contribuições de todas as espécies para a realização da festa. O grupo era integrado por músicos e cantores, que levavam a Bandeira do Divino. Na bandeira havia a pomba que simboliza o Espírito Santo. Essa função levava dias, semanas ou até mesmo meses.

A parte profana da festa, a folia, foi suprimida por ocasião da criação dos estatutos laborados sob a orientação do bispo missionário da época, Dom Francisco Xavier Rey, responsável também pela revitalização da Festa do Divino que sofreu um período de paralisação.

A festa conta com a colaboração de celebridades e seus auxiliares: Imperador e Imperatriz do Divino, Alferes da Bandeira, Capitão do Mastro, Mordomos, Engomadeiras e Secretária da Imperatriz, entre outros, numa reprodução da época. A escolha das pessoas para estas funções e a localidade onde será realizada a próxima festa é feita através de sorteio. Os preparativos mobilizam os foliões durante todo ano.
Peculiaridades da festa
portuguesa teve muitas de suas regras adaptadas, em nossa região. Em seu original, a dona da casa que não for casada sob os preceitos da Igreja, não poderia segurar o Cetro, uma tarefa que foi transferida para outra pessoa da casa.
Além da união de centenas de pessoas, em um momento de provação e fé a Festa do Divino tem como principal meta da peregrinação a coleta de donativos. As doações dos fiéis são entregues ao pároco local e revertidas em benefício da comunidade. A permanência da tripulação em cada localidade corresponde ao tempo para a coleta desses donativos, considerando-se os dias para completar os 40 dias até a chegada ao local promotor da festa. Os homens e mulheres carregam o mastro da bandeira até a frente da igreja onde a Bandeira do Divino ficará hasteada. Feito isso celebra-se o culto ao Divino.

Logo depois da Páscoa, o imperador da festa anterior determina a saída do Barco do Divino. O Imperador e Imperatriz não participam da romaria pelo Vale do Guaporé, aguardam a chegada da Coroa em terra, onde vai acontecer a festa.
Municípios de Rondônia
1. Alta Floresta d’Oeste

2. Alto Alegre dos Parecis

3. Alto Paraíso

4. Alvorada d’Oeste

5. Ariquemes

6. Buritis

7. Cabixi

8. Cacaulândia

9. Cacoal

10. Campo Novo de Rondônia

11. Candeias do Jamari

12. Castanheiras

13. Cerejeiras

14. Chupinguaia

15. Colorado do Oeste

16. Corumbiara

17. Costa Marques

18. Cujubim

19. Espigão d’Oeste

20. Governador Jorge Teixeira

21. Guajará-Mirim

22. Itapuã do Oeste

23. Jaru

24. Ji-Paraná

25. Machadinho d’Oeste

26. Ministro Andreazza

27. Mirante da Serra

28. Monte Negro

29. Nova Brasilandia d’Oeste

30. Novo Mamoré

31. Nova União

32. Novo Horizonte do Oeste

33. Ouro Preto do Oeste

34. Parecis

35. Pimenta Bueno

36. Pimenteiras do Oeste

37. Porto Velho (capital)

38. Presidente Médice

39. Primavera de Rondônia

40. Rio Crespo

41. Rolim de Moura

42. Santa Luzia d’Oeste

43. São Felipe d’Oeste

44. São Francisco do Guaporé

45. São Miguel do Guaporé

46. Seringueiras

47. Teixeirópolis

48. Theobrama

49. Urupá

50. Vale do Anari

51. Vale do Paraíso

52. Vilhena

Postado por Rondônia em Sala às 16:36 0 comentários

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Marcadores: Municípios de Rondônia

Municípios de Rondônia

O estado de Rondônia está dividido em cinqüenta e dois municípios, os cinco maiores em população são: Porto Velho, Ariquemes, Cacoal e Vilhena, e em área os cinco maiores são: Porto Velho, Guajará-Mirim, Costa Marques, Vilhena e Nova Mamoré.
A evolução político-administrativa dos municípios de Rondônia tem início em 2 de outubro de 1914, com a criação do município de Porto Velho, que é o mais antigo município do Estado. Lembramos que existiu o município de Santo Antônio do Rio Madeira, criado em 1911, instalado em 1912, porém, foi extinto em 1945.

http://www.historiaderondonia.com/mostrarConteudo.php?idConteudo=35

http://www.tce.ro.gov.br/nova/contaspublicas/inicio.asp

http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-02.htm

Os municípios de Rondônia foram criados: Porto Velho, por lei estadual do estado do Amazonas; Guajará-Mirim, por lei estadual do estado de Mato Grosso; Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena por lei federal, sancionada pelo presidente general Ernesto Geisel; Jaru, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, Colorado do Oeste, Costa Marques e Espigão d’Oeste por lei federal, sancionada pelo presidente general João Batista Figueiredo; Rolim de Moura e Cerejeiras por decreto-lei estadual do estado de Rondônia, sancionado pelo governador Jorge Teixeira de Oliveira
Trinta e sete municípios rondonienses foram criados por leis estaduais do estado de Rondônia: Alta Floresta d’Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Alto Paraíso, Alvorada d’Oeste, Buritis, Cabixi, Cacaulândia, Campo Novo de Rondônia, Candeias do Jamari, Castanheiras, Chupinguaia, Corumbiara, Cujubim, Governador Jorge Teixeira, Itapuã do Oeste, Machadinho do Oeste, Ministro Andreazza, Mirante da Serra, Monte Negro, Nova Brasilândia d’Oeste, Nova Mamoré, Nova União, Novo Horizonte do Oeste, Parecis, Pimenteiras do Oeste, Primavera de Rondônia, Rio Crespo, Santa Luzia d’Oeste, São Felipe d’Oeste, São Francisco do Guaporé, São Miguel do Guaporé, Seringueiras, Teixeirópolis, Theobroma, Urupá, Vale do Anari e Vale do Paraíso.
Os três municípios mais distantes da capital de Rondônia, Cabixi, Pimenteiras do Oeste e Cerejeiras, estão situados na região Sudeste do Estado e o município Candeias do Jamari está situado mais próximo da capital, Porto Velho.

SUGESTÕES DE ATIVIDADE ENSINO RELIGIOSO

 HISTÓRIAS NO ENSINO RELIGIOSO
A partir de uma história, o professor pode desdobrar inúmeros conteúdos do Ensino Religioso. Os mitos religiosos de diferentes culturas torna-se excelente instrumento pedagógico, que favorece a localização da criança no tempo e no espaço, bem como lhe proporciona um exercício de construção de significados.

Para o trabalho específico com histórias no Ensino Religioso, sugerimos que você:

1. Selecione a história que sirva de ponto de partida para o desenvolvimento de alguma temática.

Ex.: a história do patinho feio, para trabalhar a importância de compreender a beleza da diversidade, o respeito ao multiculturalismo religioso presente no mundo; a história de Xerazade, para introduzir elementos da cultura árabe, o que implica conhecimento, por exemplo, de aspectos do islamismo; etc.
2. Conte a história de maneira a utilizar o corpo e a voz com total plasticidade para poder interpretar as diferentes emoções que a história sugere.

3. Em alguns momentos, é possível envolver os alunos na história, pedindo que realizem algum som ou gesto em momentos apropriados.

3. Nunca esqueça de contar o título da história e o nome de seu autor.

4. Sem medo de ser ridículo(a), torne-se os personagens da história narrada. Para tanto, você pode até mesmo utilizar-se de alguns artefatos, como chapéu de bruxa, capa de soldado, etc.

5-. Varie na forma de contar as histórias, fazendo-as por meio da leitura ou de memória, mas sempre caprichando nas expressões do rosto e nas inflexões vocais, lembrando que a voz pode ficar grave ou aguda, forte ou fraca, rouca ou melodiosa, áspera ou macia, etc.

6. Se você estiver completamente imersa ou imerso na história e se divertindo com ela, tenha certeza que seus alunos também estarão.



TEMA 1: A RIQUEZA DAS DIFERENÇAS

Objetivo: Refletir sobre as diferenças, desenvolvendo atitudes de apreciação e respeito para com

o outro.

Canção: Orientar uma vivência cantando a canção sugerida abaixo, movimentando-se com os

alunos de mãos dadas em uma roda ou em forma de trenzinho, com as mãos nos ombros. Professor(a), ao invés de cantar a canção você pode também ensinar os alunos a recitá-la.


RESPEITO

EU ME RESPEITO E TAMBÉM TE RESPEITO

SIGO CANTANDO ASSIM DESSE JEITO

TRA LA LA LA LA

TRA LA LA LA LA

TRA LA LA LA LA

TRA LA LA LA LA

TRE LE LE LE LE

TRI LI LI LI LI

TRO LO LO LO LO

TRU LU LU LU LU

DICAS PARA O PROFESSOR(A)

1. Professor(a), leia ou narre a história que segue para os alunos.

2. Depois oriente um momento de reflexão sobre o seu conteúdo, fazendo perguntas. Estimule a participação de todos. Se for necessário, repita a leitura da história mais de uma vez.

3. Para explicar as diferenças religiosas, apresente aos alunos imagens de pessoas praticando suas religiões. Por exemplo: budistas, católicos, evangélicos, espíritas, muçulmanos, indígenas,afro-brasileiros, etc. Você pode encontrar essas fotos na internet, em livros ou revistas.

4. Você poderá também trabalhar a partir dessa história conteúdos de Ciências, classificando os

seres que compõem a natureza em seus respectivos reinos: mineral, vegetal e animal



SUGESTÕES DE ATIVIDADES

1) Faça um grande círculo em uma folha de papel e dentro dele desenhe o nosso mundo cheio de diferenças.

Apresente seu desenho aos colegas fazendo um comentário sobre ele.

2) Desenhe o que você quer ser quando crescer. Socialize seu desenho com os colegas.

3) Escreva o nome dos animais que aparecem na história:

4) Leia e copie o nome das flores e, depois, faça um desenho para cada nome.

LÍRIO ROSA CRAVO MARGARIDA

5) Escreva uma frase sobre cada gravura:

6) Desenhe algumas árvores que existem no Brasil, como o coqueiro, o ipê, o pinheiro. Escreva uma frase a respeito de cada uma delas.

7) Desenhe as diferenças religiosas que o texto da história apresenta. Desenhe os amigos de Astar: o budista, o católico, o evangélico, a amiga espírita e a muçulmana.

8) Transcreva a frase abaixo em uma folha de papel e a ilustre com desenhos. Depois ofereça a

uma pessoa que é importante para você.

O RESPEITO ÀS DIFERENÇAS NOS TORNA MAIS HUMANOS, AMIGOS E

IRMÃOS UNS DOS OUTROS.

ÁRVORE DAS RELIGIÕES

1.º passo: Professor(a), sugira para os alunos conversarem em casa para saberem se eles têm ou não

uma religião e, se tiverem, qual é o seu nome.



2.º passo: O(A) professor(a) traz uma árvore desenhada com grandes maçãs, com espaço dentro para

escrever nomes de tradições religiosas. O(A) professor(a) cola essa árvore na parede e pede aos

alunos que citem nomes de tradições religiosas que conhecem (que podem ser a que seguem ou não).

À medida que cada aluno vai falando, o(a) professor(a) escreve a informação dentro da maçã,

construindo assim a árvore das religiões, cujo objetivo é mostrar a diversidade religiosa presente em

nossa realidade.

TEMA 2: APRENDENDO A RESPEITAR A MIM MESMO E AOS OUTROS

Objetivo: Perceber a si mesmo, identificando a religião da família, compreendendo o significado da

palavra respeito e suas aplicações.

Atividade de sensibilização: Professor(a), coloque uma música clássica ou outra e oriente os

alunos a se movimentarem ao ritmo dela, sugira que se cumprimentem ao mesmo tempo com as

duas mãos à medida que vão se movimentando.

DICAS PARA O(A) PROFESSOR(A)

1.º passo: O(A) professor(a) inicia conversando com seus alunos sobre o valor que cada um possui como pessoa e faz a leitura do texto sugerido:

Todos nós nascemos da união de duas pessoas,

um homem e uma mulher, que são papai e mamãe.

Desde o dia em que você nasceu, você convive com

pessoas diferentes e faz, também, coisas diferentes.

As famílias muitas vezes seguem uma religião,

antes mesmo dos filhos nascerem. Na sua família, foi

assim?

O seu corpo é especial. Você é especial. Sua

religião é especial! Cuide-se bem e valorize o que você

tem!

2.º passo: O(A) professor(a) pode orientar um trabalho de desenho e pintura de imagens que

mostrem pessoas cuidando do seu corpo, cuidando dos outros, fazendo suas práticas religiosas,

para despertar neles um sentido de cuidado e amor. Os estudantes poderão levar suas produções

para casa, colocá-las em um lugar de destaque, para que possam diariamente verificar se estão

realizando as atitudes representadas por meio dos desenhos.

3.º passo: Pedir que os estudantes tragam uma caixinha de fósforo vazia. O(A) professor(a) trará

papel de presente recortado a fim de embrulhar cada caixinha. As crianças colocarão nessa

caixinha algo que simbolize a si mesmas e que sirva de presente para o outro. Exemplos:

desenhar seu rosto sorrindo; colocar uma pedrinha pintada com sua cor preferida; uma bolinha de

gude; uma balinha representando que ela pode ser doce para o outro, etc. As crianças colocam os

presentinhos dentro da caixinha, empacotam e por meio de um sorteio acontecerão as entregas.

Cada aluno deverá receber um presentinho.

4.º passo: O(A) professor(a) poderá conduzir um momento de reflexão com os alunos sobre a

melhor maneira de receber e dar um presente, as atitudes de respeito que se deve ter ao receber

um presente, que é sempre um pouco do outro.

5.º passo: Após essas atividades, o(a) professor(a) sugere nova reflexão enfocando que cada

pessoa possui ou não uma religião, que muitas vezes vem da família, constituindo um valor familiar

importante, que ajuda as pessoas a se sentirem amadas e valorizadas. Muitas vezes, na

comunidade religiosa da qual a família participa, cada pessoa pode aprender a amar e valorizar a

si mesma e aos outros. O(A) professor(a) pode enriquecer a reflexão mostrando fotos de famílias

vivenciando momentos ligados a sua religião ou igreja e explicar o conteúdo dessas fotos. Depois,

pode dar oportunidade para os alunos comentarem sobre como sua família costuma vivenciar a

religiosidade em casa, na comunidade religiosa, etc.

6.º passo: Escrever no quadro de giz as palavras abaixo, ler com os alunos, propor que as copiem

em uma folha de papel ou caderno e criem um desenho para cada palavra. Aqueles que dominam

a escrita poderão escrever frases.

RESPEITO ,

FAMÍLIA

RELIGIÃO

AMOR

EU

PESSOAS

ESCOLA

COLEGAS

AMIGOS


TEMA 3: QUAL É O SEU NOME?

Objetivos:

Refletir sobre a importância do nome.

Desenvolver respeito às características e religião das pessoas.

CANÇÃO: ENTRA NA RODA

Borres Guilouski

ENTRA NA RODA

COM SATISFAÇÃO

DIGA BEM ALTO SEU NOME

E FAÇA UM GESTO ENGRAÇADÃO.

Obs.: Realizar a vivência com os alunos em um círculo, conforme sugere a letra da

canção. Dar oportunidade para cada aluno participar.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Obs.: A sugestão a seguir foi extraída do seguinte livro: RODRIGUES, Edile M. F.;

SCHLÖGL, Emerli; JUNQUEIRA, Sérgio R. A. Alteridade, Culturas & Tradições: Atividades do

Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. São Paulo: Cortez, 2009.

Você vai precisar de: caderno dos alunos, folhas de papel sulfite, barbante, prendedores de roupa.

Os alunos poderão pesquisar a sua própria vida por meio de relatos dos mais velhos e de

documentos, como a certidão de nascimento, bem como fotos que mostrem diversas fases da vida.

As informações coletadas pelos alunos podem ser fixadas num ”varal”. O objetivo é

construir uma linha do tempo.

Falar sobre a importância do nome quando vamos fazer uma ficha ou quando conhecemos

alguém. O nome de uma pessoa faz parte de sua identidade.

Orientar os alunos a pesquisar junto a pais ou responsáveis qual é a história do seu nome

e a perceber se há alguma relação do nome com a tradição religiosa da família. É importante que

eles compreendam que o nome é uma propriedade e tem uma história iniciada por pessoas que

gostam deles.

Dicas para reflexão:

O nome que recebemos ao nascer faz parte da nossa identidade. Ele pode ser uma

homenagem a alguém querido ou um ídolo e espera-se que as qualidades daquela pessoa sejam

transferidas para a criança.

Ele também pode ser a concretização das expectativas que os pais depositam no filho.

Para o Judaísmo, por exemplo, a importância do nome define a identidade judaica: a alma judaica.

Um nome judaico é o seu chamado espiritual, um título que reflete seus traços particulares de caráter

e os dons concedidos pelo Transcendente.

REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem. O enigma da religião. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1975.

ASSOCIAÇÃO INTERCONFESSIONAL DE EDUCAÇÃO. Curitiba. Ata n.º 1 da reunião realizada no dia 20 de junho de

1973. Livro 1, p.1-6.

______________________. Curitiba. Ata n.º 11 da reunião realizada no dia 15 de agosto de 1974. Livro 1, p.14-16.

BRASIL. Lei N.º 9.475, de 22 de Julho de 1997. Dá nova redação ao art. 33 da LDBEN N.º 9.394/96.

CORRÊA, Bárbara Raquel Gimenez. Compilação de textos e artigos sobre a ASSINTEC. Curitiba, 2003.

CURITIBA. Secretaria Municipal da Educação. Educação Religiosa. Caderno I, 2003. p. 4-34.

FIGUEIREDO, Anísia de Paulo. O Ensino Religioso. Perspectivas, Tendências e Desafios. Petrópolis: Vozes,1996.

FONAPER. Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso. Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Religioso. 2.ª

ed. São Paulo: Ave Maria, 1997.

JECUPÉ, Kaká Werá. A terra dos mil povos. História indígena do Brasil contada por um índio. São Paulo: Peirópolis, 1998.

RODRIGUES, Edile M. F.; SCHLÖGL, Emerli; JUNQUEIRA, Sérgio R. A. Alteridade, Culturas & Tradições: atividades do

Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. São Paulo: Cortez, 2009.

Elaboração – Equipe Pedagógica da ASSINTEC: Borres Guilouski, Diná Raquel D. da Costa e Emerli

Schlögl

A criação do Mundo

Oração: Querido Deus, obrigado por este ano que se inicia par o Culto Infantil. Abençoa os nossos encontros e faça com que saiamos daqui sempre com uma bela mensagem. Amém.

– A Criação do Mundo

Agora, mais uma vez, preste muita atenção. Então lhe contarei também como Deus fez tudo que existe.

Há muito, muito tempo, Deus criou o céu e a terra. No céu -tudo já era lindo, e claro, e alegre. Lá morava Deus com todos os anjos. E os anjos cantavam divinamente.

Mas na terra ainda não morava ninguém. Ali ainda não era lindo. Ali fazia frio, e era quieto e escuro, muito escuro. E toda a terra ainda estava coberta de água.

Então Deus pensou assim: "Quero embelezar a terra também".

Ele disse: "Que se faça luz!"

E houve luz porque Deus o ordenou. O que Deus diz, isto já se realiza.

Mas quando veio a noite, a terra ficou novamente na escuridão. Isso era preciso mesmo, pois à noite sempre escurece.

E Deus disse: "Quando é claro, então é dia; e quando é escuro, então é noite."

E assim passou-se o primeiro dia.

No segundo dia, Deus continuou seu trabalho.

Ele disse: "Sobre a terra deverá resplandecer um céu azul!"

E logo se fez assim: Via-se então muitas nuvens brancas balançando-se no céu azul. Era lindo de se ver.

Então anoiteceu outra vez. Passou-se também o segundo dia.

A terra toda ainda estava coberta de água. Mas no terceiro dia, Deus secou uma grande parte da terra. De lá Ele afastou toda a água. E Deus disse: "A parte seca é a terra, e a água é o mar."

Então Deus fez crescer de tudo na parte seca: capim, flores e árvores. As flores tinham um perfume agradável e floresciam tão belas! As árvores balançavam-se ao sopro do vento.

Sim, como a terra estava ficando linda agora!

Mas no quarto dia ficou tudo mais bonito ainda. Porque agora Deus fez o sol. Este aparecia de manhã no céu, subia mais e mais e esquentava a terra. As flores voltavam-se para a luz clara e tornaram-se muito mais bonitas. Quando começou a anoitecer, o sol foi descendo, e finalmente desapareceu.

Mas não ficou mais tão escuro, pois agora a lua estava no céu. Deus também já a tinha feito. E as estrelas brilhantes também.

Deus disse: "0 sol deverá sempre brilhar durante o dia, e a lua, à noite."

E assim se fez.

Então chegou o quinto dia.

E você sabe o que Deus criou então?

Os peixes e os pássaros.

Os peixes brincavam na água, e os pássaros cantavam nas árvores. Era como se quisessem mostrar a Deus como se alegravam.

Deus ensinou os pássaros a fazer seus ninhos. Ele disse: "Agora vocês devem por ovos e chocá-los, então sairão novos pássaros. Assim haverá sempre mais pássaros na terra."

E assim, passou-se o quinto dia.

No sexto dia, Deus criou o que de mais belo existe.

Primeiramente, todos os animais: os cavalos e o gado, os carneiros e os coelhos, o grande elefante e minúsculo ratinho. Eles todos foram feitos por Deus.

Aí Deus disse: "Agora Eu quero fazer um homem. Um homem semelhante a Mim".

E Deus fez o primeiro homem e chamou-o Adão.

E Deus disse: "Adão, você vai ser o senhor de tudo que Eu fiz: dos peixes, das aves e de todos os animais. Todos devem obedecer-lhe, e você deve obedecer a Mim."

Isto Adão compreendeu bem.

Então havia passado também o sexto dia.

No sétimo dia, Deus descansou de seu trabalho. Pois a terra estava pronta.

Deus abençoou este dia.

E daí em diante, todos os homens deveriam descansar de seu trabalho no sétimo dia.

Não existe nada no mundo que Deus não tenha feito.

E no mundo inteiro não existe uma criança da qual Deus não cuide.

Você quer sempre se lembrar disso?



Oração final: Senhor, meu bondoso Deus, tu que criaste o mundo, pensando em dar uma boa vida para nós, ajuda-nos a não destruirmos o nosso mundo. Muito obrigado por este presente. Amém,

Sugestões de atividades:

1. Você pode reforçar que o 7° dia foi o dia de descanso e pedir às crianças que desenhem o que pode ser feito no domingo;

2. Você pode sugerir às crianças que façam um painel (seja com desenhos, pintura ou colagem) a respeito da criação do mundo, ou seja, colocando tudo o que foi criado por Deus;

3. A terceira sugestão é a atividade que está na próxima página. Peça às crianças para desenharem o que foi feito por Deus a cada dia nos círculos correspondentes.

Ensino religioso: "A criação do mundo" - sugestões e idéias!

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A história da Criação do Mundo pode ser trabalhada com as crianças de forma ilustrada, colorida e divertida. Na Bíblia, essa passagem está no logo no começo do livro de Gênesis, capítulos 1 e 2 do Antigo Testamento. Abaixo, algumas sugestões e idéias para se trabalhar esse tema:

1. Ilustração dos dias da criação: após apresentar uma leitura ou painel ou mesmo um vídeo que faça a criança compreender como aconteceu a criação, montar um painel ou um livro, com a ilustração dos numerais representativos dos dias da criação. Cada número deverá ser ilustrado de acordo com o que foi criado ou aconteceu. A seguir, os moldes dos numerais:

 ¶ No princípio criou Deus os céus e a terra.

2 E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

3 ¶ E disse Deus: Haja luz; e houve luz.

4 E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.

5 E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
 ¶ E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.

7 E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi.

8 E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.
9 ¶ E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi.

10 E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.

11 E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.

12 E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.

13 E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.


14 ¶ E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.

15 E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.

16 E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.

17 E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,

18 E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.

19 E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.

20 ¶ E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.

21 E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.

22 E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra.

23 E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.

 ¶ E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi.

25 E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.

26 ¶ E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.

27 E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

28 E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

29 ¶ E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.

30 E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.

31 ¶ E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.


1 ¶ Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados.

2 E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.

3 E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.

4 ¶ Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados; no dia em que o SENHOR Deus fez a terra e os céus,

Outros modelos de numerais para utilizar:
Fichas para colorir ou montar o Livro da Criação:

Numerais ilustrados já coloridos para utilizar no mural ou no momento de contar a história:

Fichas coloridas para contar a história da criação:

da criação do mundo para montar com a turma!

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A idéia do livrinho da criação do mundo é interessante para quem deseja trabalhar este assunto com a turma.

O Cavalo e o Porco
O CAVALO E O PORCO
Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça. Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha este determinado cavalo. Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo.

Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário:

- Bem, seu cavalo está com uma virose, e precisa tomar este medicamento

durante três dias, no terceiro dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.

Neste momento, o porco escutava toda a conversa.

No dia seguinte deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:

- Força amigo! Levanta daí, senão você será sacrificado!

No segundo dia, deram o medicamento e foram embora.

O porco se aproximou do cavalo e disse:

- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar... Upa!

No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário disse :

- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.

Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse:

- Cara, é agora ou nunca, levanta logo! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar!

- Ótimo, vamos um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa vai...

Fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Você venceu Campeão!

Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:

- Milagre! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa... 'Vamos matar o porco!'

§-- --§-- --§-- --§-- --§-- --§-- --§-- --§-- --§--


Isso acontece com freqüência no ambiente de trabalho. Nem sempre alguém percebe quem é o funcionário que tem o mérito pelo sucesso.
 viver sem ser reconhecido é uma arte, afinal quantas vezes fazemos o papel do porco amigo ou quantos já nos levantaram e nem o sabor

da gratidão puderam dispor ?

gum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:

AMADORES CONSTRUÍRAM A ARCA DE NOÉ E PROFISSIONAIS, O TITANIC.

Proure ser uma pessoa de valor, em vez de ser preocupar em ser uma pessoa de sucesso!!!

Enviado por M. I. S. F.

Poderá também gostar de:

1- O que eu espero para este ano?

2- Como posso aperfeiçoar minhas qualidades?

3- Quais são minhas dificuldades pessoais? (medos, angústias,

fraquezas)

4- Como posso ajudar meus colegas durante este ano?

5- Como pretendo estar no final do ano?

6- Como posso conseguir um futuro de sucesso?

7- Que tipo de pessoa eu sou?

8- O que eu penso sobre a vida?

9- Desenho de uma qualidade minha.

10- Desenho do meu futuro.

Atividade baseada em sugestão do Jornal "O transcendente"

IRIKU E A FEITICEIRA
ESTÕES SOBRE O FILME KIRIKU

PARA O PROFESSOR INTERAGIR COM O ALUNO



- Kiriku nasceu com dons especiais, quais eram esses dons?

- Ele nasceu com uma missão. Que missão?

- A aldeia em que Kiriku nasceu era perseguida por uma feiticeira. Que

maldades ela fez para os habitantes da aldeia?

- Kiriku usou um chapéu para ir até a feiticeira. Para que servia o

chapéu?

- O que Kiriku quer muito saber?

- Kirirku buscou o sábio da montanha. Por quê?

- Durante o filme Kiriku praticou vários atos de coragem. Quais foram

esses atos?

- A feiticeira tinha um motivo para toda sua maldade. Qual era o motivo?

- Por que Karabá roubava o ouro das mulheres?

- A mãe de Kiriku tinha passado por vários problemas. Cite algum.

- Que conselho especial o sábio da aldeia deu a Kiriku?

- O sábio da montanha era avô de Kiriku. Por que Kiriku buscou seu colo?

- A mãe de Kiriku tinha passado por vários problemas. Cite alguns.

- As mulheres da aldeia andavam com os seios à mostra e as crianças

estavam nuas. Como você explica isso?

- Como as pessoas da aldeia celebravam seus momentos de alegria?

- Por que as pessoas da aldeia tinham medo de Karabá?

- Por que Kiriku conseguiu libertar a aldeia do poder da feiticeira e os

outros homens não conseguiram?

- No final do filme, quem vence?
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